#Histories: Hedi Slimane

2001 Dior

Dia 5 de julho é aniversário do estilista Hedi Slimane (ele fez 52 anos em 2020). Aproveito então para relembrar da sua importância no estilo masculino, na fotografia e no marketing de moda. Hedi Slimane é francês, a mãe é italiana e o pai tunisiano. Com 11 anos, ganhou a primeira câmera. Com 16, fez estágio em um alfaiate e aprendeu a ajustar as próprias roupas. Na faculdade, estudou história da arte….

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No início dos anos 1990, participou do projeto de comemoração do centenário do monograma Louis Vuitton, como assistente do consultor Jean-Jacques Picard, que convidou estilistas para reinterpretar o desenho LV. No álbum de imagens abaixo tem uma com o DJ Grandmaster Flash sobre o case de CD e vinil criado por Helmut Lang.

Até então conhecida “apenas” como uma marca de bagagens e acessórios em couro, foi a primeira vez que a Vuitton se aproximava da moda. No ano seguinte, marc jacobs seria contratado para desenvolver uma coleção de roupas.

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Hedi Slimane passou pelo departamento de marketing da Yves Saint Laurent, e assumiu em 1996 como diretor da linha masculina. Na época, era Alber Elbaz quem fazia as coleções femininas. Em 1999, com a movimentação dos grandes conglomerados, Tom Ford assumiu a YSL (masculino e feminino), que havia sido comprada pelo grupo Gucci.

O último desfile de Hedi Slimane na YSL foi chamado Black Tie, e já mostrava a silhueta skinny que seria sua assinatura criativa nos anos seguintes. Yves era fã de Hedi Slimane e foi assistir da primeira fila sua estreia na Dior Homme, em 2000. (Ele não foi na estreia de Tom Ford na YSL, pois não curtia muito seu trabalho)…

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Em 2001, lançou a primeira fragrância masculina da Dior, Higher, que se tornou um nicho importante para a marca. Ficou na Dior Homme até 2007, firmando o estilo dark e andrógino que seria referência em moda masculina por muitos anos. (Uma curiosidade: foi para caber nas roupas ultra-justas da Dior Homme que Karl Lagerfeld perdeu 40kg e mudou completamente seu estilo de vida.)

Hedi Slimane já fotografava os bastidores dos desfiles como hobby, mas nessa época da mudança de emprego fez uma residência artística em Berlim que rendeu um livro com retratos do underground da cidade (publicado pela editora de Lagerfeld!).

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O estilista sempre teve uma ligação próxima com a música, vestiu para os palcos: David Bowie, Mick Jagger e Keith Richards, Daft Punk, Jack White, Franz Ferdinand, Libertines… Quando saiu da Dior se dedicou novamente a fotografia profissional, agora na Califórnia, e lançou de 2007 a 2012 o blog The Diary e uma série de livros de retratos.

De 2012 a 2016 retornou a YSL, mudou o nome da empresa para Saint Laurent Paris e seu endereço para LA. Seguiu de olho no público jovem, mas agora em outra vibração, com elementos do surf e do rock psicodélico. Continuou também ligado na música, vestindo Keith Richards e Beck!…

Desde 2018, está na Celine, que lançou pela primeira vez uma linha masculina. O tema da primeira coleção foi Berlim, em campanha fotografada pelo próprio Hedi Slimane. Criticado por repetir a mesma silhueta que o fez famoso, tem buscado nos arquivos da marca um traço mais próximo de sua história, mais burgeois do que underground. Feliz aniversário!

Assista a seguir dois vídeos do desfile de despedida de Hedi Slimane da YSL, em 1999.

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