O paletó oblíquo de Christian Dior

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O inverno 2019 da Dior Homme recém-desfilado na semana de moda Paris foi a terceira coleção do estilista Kim Jones à frente da casa. Com Virgil Abloh na Louis Vuitton, ele faz a frente de mudança no departamento masculino das grandes casas de moda internacionais. Em um caso, são bonés, pochetes e harness com inspiração vinda das ruas e da música e culturas negras. Mas neste, são os arquivos de alfaiataria feminina da maison francesa que servem de base para novos desenhos e composições, como no caso o paletó oblíquo de Christian Dior.

Se liga no desenho em Y que faz esse blazer e casaco das fotos do post, tanto no fechamento quanto na lapela e no lenço que passa por baixo. O trabalho de Christian Dior como costureiro pode ser estudado pelas linhas das silhuetas que criava, atualizando formas e vontades de sua clientela a cada estação. A mais famosa delas foi a forma de ampulheta do New Look, de 1947. É de 1950 o paletó oblíquo de Christian Dior, como foi chamado esse fechamento transversal.

Ele seguiu com a linhas diferentes ano a ano, até 1955, entre elas a longa, a Rainha de Copas, a tulipa, e depois com as letras do alfabeto H, A e, por fim, a Y (que é onde eu queria chegar). Foi quando o paletó oblíquo de Christian Dior foi resgatado, pois reforçava o desenho triangular, projetando os ombros e afinando a cintura.

Veja nas fotos abaixo a comparação dos desenhos de alguns ternos masculinos apresentados no desfile e a seguir um video com os looks mais importantes da coleção de inverno 2019 de Kim Jones para Dior Homme. Leia também sobre a importância da moda masculina de Dolce & Gabbana, principalmente na cultura gay, mesmo após declarações destemperadas dos estilistas. 

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