Indústria de moda contra o Covid-19

Louis Vuitton Masques©David Gallard 1

No início do mês de abril, a Organização Mundial da Saúde alertou para o esgotamento de estoque de luvas, aventais e máscaras no mundo todo. O motivo é o aumento de compras desses equipamentos de proteção individual feitas por pessoas que não são da área da saúde, que tiveram essa como sua primeira atitude para se proteger da doença. Nomes importantes se mobilizaram então para direcionar seus recursos de produção de modo a sanar essa demanda; veja a seguir ações da indústria de moda contra o Covid-19 nesse sentido.

O Ministério da Saúde do Brasil, na ocasião, incentivou a produção artesanal de máscaras feitas com tecido de algodão como forma de contornar a possível falta de itens. Desde que começaram a escassear em Nova York, o governador do estado Andrew Cuomo pediu que empresas fossem criativas no auxílio da indústria de moda contra o Covid-19 e, as que pudessem, desenvolvessem peças de segurança para uso por profissionais. Designers então se mobilizaram com os próprios tecidos em estoque, na produção e distribuição de máscaras comuns.

Diferentemente dos pequenos criadores, que lidam com questões como falta de insumos, de equipamentos e de espaço para produção em larga escala, os grandes conglomerados de moda estão se movimentando nas quatro partes do globo para fazê-lo.

A LVMH, por exemplo, reabriu 12 das 16 fábricas de artigos de couro da Louis Vuitton situadas na França. Cerca de 20 funcionários voluntários estão desenvolvendo diariamente aventais e máscaras cirúrgicas seguindo as precauções sanitárias, e logo darão continuidade de suas atividades em casa. As peças serão distribuídas em toda França, mas com o foco principal em hospitais da região de Paris.

A holding Kering tomou medidas similares: suas principais grifes estão costurando máscaras não-cirúrgicas para doação, como exemplo a Gucci, que promete 55 mil aventais para profissionais e 1,1 milhão de máscaras cirúrgicas na Itália, um dos países mais afetados pela pandemia. Além disso, Kering investiu uma quantia de dinheiro não revelada na pesquisa sobre o novo Coronavírus feita pelo Instituto Pasteur.

O grupo italiano Ermenegildo Zegna tomou a mesma atitude de grandes nomes da indústria de moda contra o Covid-19 ao deixar sua produção de itens de moda de lado e focar explicitamente em vestuário médico emergencial que é necessário hoje. Ao todo, foram confeccionadas 280.000 roupas hospitalares para a região de Piemonte e Cantão de Ticino.

Já a Lacoste bateu um marco na produção de 100 mil máscaras em menos de um mês, quando reabriu sua fábrica em Troyes, na França. A nova meta é a produção de 200 mil peças de itens essenciais de enfermaria. Não apenas abrindo suas fábricas para voluntários, a Lacoste também mobiliza parceiros em todo mundo para cooperar na confecção de peças, como seu grande parceiro, a fabricante de embalagens Eren Holding, na Turquia.

Pensando no seu time de costureiras freelance e contratadas, o empresário de moda festa Arthur Calliman lançou o projeto “Adote uma Costureira”, em que você pode comprar um kit de máscaras prontas para uso pessoal e a mesma quantidade de máscaras semi-prontas é doada para que elas possam finalizar o produto no seu ateliê e vendê-las, para que não fiquem sem uma fonte de renda durante o período de isolamento.

A Lupo é outra marca nacional que também mobilizou os colaboradores que estavam afastados para a produção e doação de máscaras cirúrgicas de TNT para profissionais da Santa Casa de Araraquara, além de destinar R$ 2 milhões para a criação de leitos de UTI no hospital do interior de São Paulo. Qualquer colaboração é essencial neste momento; faça a sua parte!

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