Marcas e coleções sustentáveis

Marcas e coleções sustentáveis aparecem aos montes hoje em dia, uma vez que são todas empresas são cobradas atualmente por sua postura ambiental e social. É claro que tem muito marketing verde, quando usam uma aparência de sustentabilidade mas sem de fato tomar atitudes neste sentido, mas a verdade é que de um jeito ou de outro, todas estão tentando demonstrar preocupação com o mundo além da própria imagem, de tênis veganos a bermudas de surf com matéria-prima reciclada.

Cânhamo industrial é alternativa sustentável social e ambientalmente ao algodão

Um exemplo recente é a Cultiv, nova marca masculina de streetwear do estilista Leandro Hassan que levanta a bandeira do slow fashion ao produzir peças de forma consciente, com fornecedores responsáveis, em processos que geram menos demanda e com materiais menos tóxicos ao meio ambiente, como solventes ou plástico/poliéster.

Suas camisetas são todas 100% em algodão Pima e com estamparia em tintas serigráficas a base de água e as embalagens dos produtos são de algodão reciclado. As fotos que aparecem acima e abaixo são de Fernando Schlaepfer.

Outra novidade de marcas e coleções sustentáveis é a Nattz, do estilista Christopher Li, com camisetas estampadas inspiradas na natureza e feitas em quatro tipos diferentes de tecidos: a partir de desfibramento de retalhos da indústria têxtil, garrafas pet, modal de celulose e algodão orgânico.

Vert e Rick Owens: tênis com sola de óleo de banana, cana-de-açúcar e cascas de arroz

A Oriba já está no elenco fixo de marcas e coleções sustentáveis com um trabalho regular de apoio a educação: a cada peça vendida, é doado um kit escolar com lápis, borracha e canetas para as crianças da Obra do Berço, ONG da comunidade de Paraisópolis, zona sul de São Paulo.

Com a nova coleção-cápsula Flores & Cores, de peças básicas com design atemporal e um toque de cor. São dois modelos de moletom –canguru e gola careca– e dois de camiseta –com e sem bolso– em três variações de tons pastel: rosa, azul e verde.

Tudo feito de algodão com o selo Better Cotton Initiative, que promove práticas mais justas a todos os envolvidos na cadeia de produção. Na escolha das matérias-primas dos produtos , a Oriba preza pela minimização do impacto ambiental e a redução no uso de fertilizantes pela conservação, e por conta de seu estilo atemporal prevê um descarte reduzido de produtos no meio ambiente.

A Osklen também pode ser considerada uma constante entre marcas e coleções sustentáveis, desde que seu fundador Oskar Metsavaht abriu o Instituto-E, uma organização sem fins lucrativos cuja missão é conectar conhecimento e práticas sociais e ambientais de sustentabilidade de diferentes campos para a sociedade e a indústria.

O projeto E-colors, de camisetas produzidas de modo a causar menor agressão ao meio ambiente, faz um chamado para a urgência da adoção de um estilo de vida alinhado a práticas sustentáveis socioambientais.

As camisetas passam têm tingimento natural, onde são usados corantes como cúrcuma, urucum, cochonilha e clorofila e suas diferentes combinações. Pela primeira vez essa técnica ganha escala industrial (até então era utilizada em produções artesanais) maximizando o impacto positivo pela substituição do uso de corantes químicos e reduzindo o consumo de água em até seis vezes comparado ao processo convencional.

O amaciamento das fibras também é natural, num processo de lavanderia formulado à base do óleo essencial da menta orgânica, cultivada em pequenas hortas que, além de colaborar para a redução dos impactos ambientais, fazem parte de um projeto de responsabilidade social, que promove a recuperação e ressocialização de dependentes químicos por meio do incentivo ao desenvolvimento de habilidades para o trabalho em equipe, do aprendizado e aplicação de técnicas de plantio, manutenção e colheita e da importância do manuseio correto e da produção dos seus próprios alimentos.