Orgulho LGBTQ+
O dia 28 de junho é marcado como o dia do orgulho LGBTQ+ por conta dos protestos nos EUA contra a violência policial contra gays. O evento original em 1969 ficou conhecido como a revolta de Stonewall. O bar Stonewall Inn, no Village, em NY, era um ponto de encontro gay que mantinha relações com a máfia para garantir seu funcionamento, por conta de uma relação tensa com a polícia, que perseguia a minoria ali.
Na época, ainda era proibido ser gay em muitos estados norte-americanos. Então para atacar os donos do bar, fizeram uma batida policial e prenderam 13 gays, drags e travestis. Para conter os detidos, que saíram algemados mas debochando com caras e bocas para a multidão, os policiais começaram a bater neles. Foi ai que começou um protesto nas ruas que durou seis dias e que deu origem a várias associações e organizações de orgulho LGBTQ+.
Stonewall funciona como marco de um novo movimento de liberação sexual e a tomada das ruas pelo ativismo por direitos e orgulho LGBTQ+, e por isso é em junho e julho que acontecem muitas paradas ao redor do mundo. No primeiro aniversário do evento, houve marchas em Nova York, Los Angeles, San Francisco e Chicago. No segundo, Londres, Paris, Berlim Ocidental e Estocolmo também organizaram manifestações.
Em São Paulo, a primeira Parada do Orgulho LGBTQ+ aconteceu em 1997 e é hoje uma das maiores manifestações sociais do mundo na luta por direitos humanos. Inicialmente tinha uma militância mais acentuada (e necessária) e depois ganhou um ar de festa multicolorida e virou uma das maiores atrações turísticas da cidade.
Em 2019, retoma o tom político ao comemorar os 50 anos da revolta de Stonewall. Muito válido acender a militância novamente por uma demanda social contra os tempos obscurantistas por qual passamos. Mas que seja em festa, como sempre fizemos.