Guilherme Samaia, da F3
O piloto de F3 Guilherme Samaia andou pela primeira vez em um carro de corrida aos nove anos de idade, quando foi com a família assistir ao pai andar de kart indoor. Com o passar dos anos, o interesse foi crescendo e as visitas ao kartódromo se tornaram mais frequentes.
Hoje, aos 20, é considerado uma promessa no automobilismo brasileiro. Guilherme Samaia mora em Londres, onde treina diariamente para o campeonato inglês de Fórmula 3 inglesa, mas vem ao Brasil mensalmente para disputar o campeonato de F3 A.
“A minha vida em Londres é bem tranquila. Quando estou lá e não estou em um fim de semana de corrida, eu vou bastante ao Hyde Park, faço meus treinos o dia todo, todos os dias. Eu recomendaria ir ao parque com tempo, sentir sua imensidão, conhecer cada entrada e explorar os espaços lá dentro. É possível sentir uma energia muito pura e positiva lá,” diz o piloto em entrevista por email.
Seu primeiro campeonato profissional (e também o primeiro pódio) foi o paulista, em 2009. Em 2012 e 2013, corria na categoria Shifter Junior (em que o kart tem marchas e um motor de até 58cv) e terminou a temporada em primeiro lugar duas vezes.
Em 2015, prestes a completar 18 anos, convenceu os pais a ganhar de presente um campeonato de Fórmula 3 Light. Foram 16 corridas: oito em primeiro lugar, duas em segundo e duas em terceiro. No ano seguinte, estreou na Fórmula 3 A e acabou a temporada como vice-campeão.
Atualmente, sua rotina de preparação física é bastante intensa. “Treino seis dias na semana muito forte, mas obviamente quando estou em semana de corrida eu descanso a partir de terça- feira para estar bem para o fim de semana de competição.”
Guilherme Samaia contou ainda quais são as regiões do corpo que precisa trabalhar especificamente para se preparar para as corridas. “Para correr na Fórmula 3, é necessário um preparo físico muito alto, pois exige muito do piloto. Ter um tronco forte é essencial para aguentar as forças G laterais (pescoço, lombar, abdômen): braços, ombros, costas e peito, para aguentar guiar o carro, pois é muito pesado virar o volante devido ao ‘downforce’ e zero direção hidráulica.”
Mas não é só isso! “É preciso também malhar perna, panturrilha e coxa para conseguir frear o carro, pois damos um pico de até 130 kg de pressão no freio em toda curva e toda volta. Além de precisarmos ter boa resistência cardio-respiratória. Tudo isso tendo um peso leve…”
Achou que era fácil? Na próxima parte da entrevista, Guilherme Samaia conta sobre sua rotina de beleza e cuidados pessoais. Se liga!