Câncer de próstata e testículo

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Por conta da comemoração do Dia do Homem e do Dia Nacional da Saúde do Homem neste domingo (15.07), o Dr. Andrey Soares, oncologista do Centro Paulista de Oncologia, listou os principais tipos de câncer em homens (como câncer de próstata e testículo), quais os principais sintomas e quais as barreiras para a detecção precoce, como machismo e falta de conhecimento.

Segundo ele, ainda é um desafio realizar exames preventivos no combate a problemas de saúde como câncer de próstata e testículo. Uma pesquisa realizada em 2017 pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), encomendada pelo Datafolha, indica que 21% do público masculino acredita que o exame de toque retal “não é coisa de homem”.

Considerando aqueles com mais de 60 anos (considerado um grupo de risco), 38% disse não achar o procedimento relevante. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Brasil esse tipo de tumor é o segundo mais comum entre os homens, correspondendo a 68 mil novos casos entre 2018 e 2019, perdendo apenas para o câncer de pele não-melanoma.

“É recomendável que homens a partir de 50 anos (e 45 anos para quem tem histórico da doença na família) façam exame clínico (toque retal) e o teste de antígeno prostático específico (PSA) anualmente para rastrear o aparecimento da doença”, explica o Dr. Andrey Soares, sobre prevenção de câncer de próstata e testículo.

Os principais sintomas do câncer de próstata podem ser semelhantes ao crescimento benigno da glândula, tendo como características dificuldade para urinar seguida de dor e/ou ardor, gotejamento prolongado no final, frequência urinária aumentada durante o dia ou à noite. Quando a doença já está em fase mais avançada, pode ocorrer a presença de sangue no sêmen, impotência sexual, além de outros desconfortos decorrentes da metástase em outros órgãos.

O tratamento depende do estágio e da agressividade em que o tumor de próstata se encontra. Em casos iniciais e com características de baixa agressividade, o acompanhamento vigilante com consultas e exames periódicos deve ser discutido com o paciente, uma vez que é possível poupar os mesmos de algumas toxicidades que o tratamento causa.

Nos outros casos de doença localizada, a cirurgia, a radioterapia associadas ou não a bloqueio hormonal e a braquiterapia (também conhecida como radioterapia interna) pode ser realizada com boas taxas de resposta. “Após realizarem a cirurgia, em alguns casos é necessário realizar o procedimento de radioterapia pós-operatória para a diminuição do risco de recidiva da doença“, comenta Dr. Andrey.

Apesar de mais raro, outro tipo de câncer merece a atenção dos homens quando o assunto é detecção precoce: o tumor testicular. Se diagnosticado em fase inicial pode superar a marca dos 90% de chance de sucesso no tratamento.

Responsável por cerca de 5% do total de casos de tumores malignos na população masculina, de acordo com o Inca, o câncer de testículo afeta de forma mais frequente homens com idades entre 15 e 50 anos. O tumor testicular é mais comum em indivíduos que sofreram traumatismos na região, o que aumenta o risco de incidência entre atletas.

“Os sintomas mais comuns são aumento do testículo e/ou dor. É muito comum que os homens o descubram no banho, durante a higiene, por isso o autoexame da área é a melhor forma de garantir uma possível alteração”, comenta o Dr. Andrey.

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