Riccardo Tisci para Burberry
Por conta da saída de Chirstopher Bailey, a estreia de Riccardo Tisci para Burberry foi um dos momentos mais aguardados da semana de moda. A coleção chamada “Kingdom” cola junto nas referências ao estilo de vida britânico, como individualidade, excentricidade e atitude.
A estratégia de Riccardo Tisci para Burberry é fincar o pé no segmento luxo. Curiosamente é o movimento contrário da Louis Vuitton com Virgil Abloh, que entrou para rejuvenescer. Jovem a Burberry já é… É a maior das marcas de moda em presença digital, porém busca agora mais status.
Muito além dos desfiles, vamos ver agora o que ele vai fazer nas campanhas, RP e no produto propriamente dito. Ele é muito bom nisso também. Se tiver sucesso, vai ser um marco na história das grandes casas: uma fábrica inglesa de produtos funcionais (casacos de chuva) transformada em casa de prêt-à-porter.
A mistura de punk e rebelde versus formal e refinado aparece nos acessórios de metal sobre a alfaiataria super contemporânea, em contraste também com os looks de streetwear. As estampas animais contrastam com o tradicional xadrez da marca, que daqui pra frente será substituído pela versão do designer inglês Peter Saville, a convite de Riccardo Tisci para Burberry.
O desfile aconteceu em Vauxhall, antigo reduto de clubes gay no sudoeste de Londres que foi redesenhado por imobiliárias.
Por ocasião do primeiro desfile de Riccardo Tisci para Burberry, o estilista apresentou também o novo conceito da loja na Regent Street, em Londres. O edifício antes era um teatro e cada sala é envolta por cortinas drapeadas com carpete grosso nos pisos, com luminárias de madeira.
O cáqui dos trench-coats, símbolo da Burberry, está presentes em toda a loja em vários, do areia ao mel, ao lado de nuances em rosa-claro e pistache.
”Sisyphus Reclined” é uma instalação de arte imersiva e interativa de três andares do artista britânico Graham Hudson, que transforma o saguão principal da loja em um espaço de exposição até o dia 26 de outubro.
