Fckt Clothing

Desde que lancei a versão atual deste site, há cerca de dois meses, tenho me dedicado a conhecer de perto novas marcas masculinas de todos os estilos. É muito clara a divisão entre os perfis que temos em oferta hoje. Empresas gigantes atendem realidades extremas: marcas de fast-fashion de um lado e grandes casas de luxo do outro. Numa outra sintonia, tem um monte de marca pequena com charme e personalidade para descobrirmos. Fckt é uma delas.

Visitei num sábado o showroom da marca no Bom Retiro a convite do estilista Everton Moreira, que atuava também como modelista, vitrinista e produtor de moda para as confecções do bairro. Ele estava com a mãe, que ajuda na marca, e contou que começou por estar cansado da histeria das tendências criadas em bureaus de estilo que pautam a criação de maioria das marcas. Por isso, resolveu contar a própria história e vestir meninos que gostam da ideia de roupas sem gênero.

Este é um termo que anda na boca de todo mundo, mas que sozinho não define a Fckt. Ao contrário, eu vejo na roupas com um olhar contemporâneo sobre as modelagens soltas e o modo de mostrar o corpo masculino. É bastante atual, sexy e urbano (conceitos reforçados pela cartela enxuta de cores neutras, como preto, branco e bege). Ele veste homens com saias, vestidos e macacões, sim, mas também se destaca na boa oferta de camisetas e terceiras peças para temperar um guarda-roupa casual.

É bem versátil na sua proposta (tem uma clara conexão com o público que frequenta o circuito de festas de SP). Poderia tanto figurar na categoria das marcas básicas (como Oriba, que tem uma loja-conceito em Pinheiros, e Básico.com, de Dedé Bevilaqua, com quem falei sobre o tyvek), quanto na categoria de marcas autorais (como a J541a, de Jaison Manoel Alves, e a Saint Benjamin, de Daniel Mafra). Cada um a sua maneira, mostram diferentes estratégias de como vestir o homem brasileiro hoje. Estou de olho 👀